DIAS SEM TRETA

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Batismo Infantil é Bíblico e fundamental.

Olá, estou enviando sem muita organização, mais como um desafio e uma afirmação, textos bíblicos e de autores na defesa do batismo infantil para corroborar essa lindíssima doutrina. Vamos debater.

⁷ E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti.
Gênesis 17:7

¹⁰ Vós todos estais hoje perante o Senhor vosso Deus; os capitães de vossas tribos, vossos anciãos, e os vossos oficiais, todos os homens de Israel;
¹¹ Os vossos meninos, as vossas mulheres, e o estrangeiro que está no meio do vosso arraial; desde o rachador da vossa lenha até ao tirador da vossa água;
¹² Para entrardes na aliança do Senhor teu Deus, e no seu juramento que o Senhor teu Deus hoje faz convosco;
Deuteronômio 29:10-12

³⁸ E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, em remissão de pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;
³⁹ Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.
Atos 2:38,39

³¹ E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.
³² E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa.
³³ E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus.
Atos 16:31-33

João Calvino - O Batismo Infantil
Assim como a circuncisão, que era uma espécie de distintivo para os judeus, assegurando-lhes que eram adotados como povo e família de Deus, foi a primeira entrada delesna Igreja — enquanto, por sua vez, professavam a sua fidelidade a Deus —, do mesmo modo somos agora iniciados pelo batismo, para sermos inscritos entre o seu povo e ao mesmo tempo jurar pelo seu nome. Portanto, é indiscutível que o batismo foi substituído pela circuncisão e que ele desempenha a mesma função [...] Ora, se quisermos investigar se o batismo é ou não é justamente administrado às crianças, também não suspeitaremos que o homem que se limita apenas ao elemento da água e à observância exterior é mesquinho, ou melhor, delirante? Ele não deveria permitir que sua mente subisse ao mistério espiritual? Se a razão for ouvida, sem dúvida, será demonstrado que o batismo é bem administrado às crianças como algo que lhes é devido. O Senhor não outorgou a circuncisão a eles sem torná-los participantes de todas as coisas significadas pela circuncisão. Ele teria iludido o seu povo com uma mera impostura, se os tivesse acalmado com símbolos falaciosos; essa própria ideia é algo chocante. [...] Ele afirma claramente que a circuncisão da criança será um selo da promessa da aliança. Mas, se o pacto permanece firme e fixo, ele não é menos aplicável aos filhos dos cristãos nos dias de hoje do que aos filhos dos judeus sob o Antigo Testamento. Agora, se eles são participantes da mesma coisa com o mesmo significado, como a eles pode ser negado o sinal? Se eles obtêm a realidade, como a eles pode ser recusada a figura? O sinal externo está tão unido no sacramento com a palavra, que não pode ser separado dela; mas se eles podem ser separados, a qual dos dois devemos atribuir o maior valor? Certamente, quando virmos que o sinal é subserviente à palavra, diremos que está subordinado, e lhe atribuiremos o lugar inferior. Já que, então, a palavra do batismo está destinada às crianças, por que deveríamos negar-lhes o sinal que é um apêndice da palavra? Essa única razão, que não poderia ser outra, seria amplamente suficiente para refutar todos os contraditórios. [...] Escritura nos dá um conhecimento ainda mais claro da verdade. Pois é mais evidente que a aliança que o Senhor fez uma vez com Abraão não é menos aplicável aos cristãos, agora, do que era antigamente ao povo judeu; portanto, essa palavra não tem menos referência aos cristãos do que aos judeus. A menos que, de fato, imaginemos que Cristo, com o seu advento, diminuiu ou reduziu a graça do Pai — uma ideia não livre de blasfêmia abominável. Portanto, ambos os filhos dos judeus — porque, quando foram feitos herdeiros daquela aliança, estavam separados dos pagãos — foram chamados de semente santa. Pela mesma razão, os filhos dos cristãos, ou aqueles que têm apenas um pai crente, são chamados santos, e, pelo testemunho do apóstolo, diferem da semente impura dos idólatras. Então, já que o Senhor — logo depois que a aliança foi feita com Abraão — ordenou que ela fosse selada nos bebês por um sacramento exterior, como se pode dizer que os cristãos não devem atestá-la nos dias de hoje e selá-la em seus filhos? Que não seja objetado: o único símbolo pelo qual o Senhor ordenou, para que o seu pacto fosse confirmado, era o da circuncisão que foi ab-rogado há muito tempo. É fácil responder que, de acordo com a forma da antiga dispensação, Ele nomeou a circuncisão para confirmar sua aliança; mas que, sendo revogada, a mesma razão para a confirmação ainda continua, uma razão que temos em comum com os judeus. Por isso, é sempre necessário considerar cuidadosamente o que é comum a ambos judeus e gentios, e no que é que eles diferem de nós. A aliança é comum, e a razão para confirmá-la é comum. O modo de confirmá-la é tão diferente, que eles tiveram circuncisão em vez do que agora temos: o batismo. Caso contrário, se o testemunho pelo qual os judeus estavam seguros da salvação da sua semente for tirado de nós, a consequência será que, pelo advento de Cristo, a graça de Deus — que antes foi dada aos judeus — é mais obscura e menos perfeitamente atestada a nós. Se isso não pode ser dito sem insulto extremo a Cristo, por quem a infinita bondade do Pai foi mais brilhante e benigna do que nunca derramada na terra e declarada aos homens, deve-se confessar que a graça de Deus não pode ser mais confinada e menos claramente manifestada do que sob as sombras obscuras da lei.

Herman Hanko - A Doutrina Reformada dos Sacramentos
Crendo que há continuidade entre a circuncisão e o batismo, e entre a páscoa e a ceia do Senhor, vemos os sacramentos como selos (Rm. 4:11) também. De fato, se são sinais, devem ser selos também, pois sinais sempre confirmam ou selam algo [...] A razão pela qual existem somente dois sacramentos é encontrada nos próprios sacramentos. Juntos eles simbolizam o todo da nossa vida cristã. O batismo simboliza nossa entrada no pacto e salvação de Deus, e a forma como entramos. A ceia do Senhor simboliza nossa vida dentro desse pacto à medida que desfrutamos e vivemos a salvação que Cristo nos deu gratuitamente. Não há nenhuma necessidade ou lugar, portanto, para outros sacramentos, pois não há mais nada para simbolizar [...] Quanto à acusação que a aspersão é simplesmente uma influência do Romanismo, apontaríamos que isso não é argumento de forma alguma. Se tudo o que Roma ensina deve ser descartado no Protestantismo, até mesmo a doutrina da Trindade deve ser abandonada! Além do mais, a liturgia Romana para o batismo das crianças diz em suas instruções para as pessoas que estão realizando o batismo, “Ele imerge a criança ou derrama água sobre a sua cabeça”. Roma também pratica a imersão! Portanto, o assim chamado argumento sobre o Romanismo pode ser descartado [...] Primeiro, ninguém batiza somente infantes. Aqueles que se converteram mais tarde na vida, e nunca foram antes batizados, são batizados como adultos, mesmo em igrejas que batizam infantes. Segundo, o batismo de família ou casa é o tipo de batismo que a Escritura descreve quando falando daqueles que devem ser batizados. Terceiro, “batismo de família” serve como um lembrete de como e porquê passagens tais como Atos 16 são prova para a prática de batizar infantes, bem como adultos. É muito claro que a Escritura fala de batismo de família. Em Atos 16 as casas de Lídia e do carcereiro de Filipo foram batizadas por Paulo (vv. 15, 33). Paulo fala em 1 Coríntios 1:16 de ter batizado a casa de Estéfanas. Lemos em Atos 10:48 do batismo da casa de Cornélio por Pedro. Esse, então, é o padrão do Novo Testamento para o batismo [...] se o “batismo de crentes” somente é a regra da Escritura, como os Batistas ensinam, o batismo de família ou casa se torna uma impossibilidade. Mesmo que aconteça de diferentes membros da mesma família se converter e serem batizados ao mesmo tempo numa igreja Batista, eles ainda não serão batizados como membros de uma casa ou família, mas como indivíduos, cada qual como resultado de sua profissão de fé. O batismo de casas e famílias segue da crença no pacto familiar de Deus: que ele soberana, graciosa e imutavelmente promete a salvação às famílias e casas, prometendo ser o Deus dos crentes e dos seus filhos (Gn. 17:7; Atos 2:39) [...] O propósito, então, do batismo infantil é mostrar como somos salvos: não provar a salvação do infante que é batizado (o batismo com água nunca pode fazer isso). O batismo mostra o único caminho da salvação e nos lembra que Deus promete salvar os filhos dos crentes pela mesma graça soberana que salvou seus pais. Quão triste o fato de muitos não terem ou verem esse testemunho no batismo de infantes indefesos [...] A circuncisão real e o batismo real são a própria salvação, isto é, a remoção do pecado pelo sacrifício de Cristo na cruz. No caso da circuncisão, isso é claro a partir de Deuteronômio 30:612 e Colossenses 2:1113, e no caso do batismo a partir de Romanos 6:1-614 e 1 Pedro 3:2115. Os sinais são exatamente os mesmos até onde diz respeito a realidade espiritual, e embora os sinais em si possam parecer muito diferentes, eles simbolizam a mesma verdade espiritual [...] Dizer que os dois são completamente diferentes é cair no erro do dispensacionalismo e dizer que existem dois caminhos diferentes de salvação, um no Antigo e outro no Novo Testamento. A maioria dos Batistas tentam evitar isso insistindo, a despeito de Deuteronômio 30:6 e Colossenses 2:11, que a circuncisão no Antigo Testamento não era um sinal de salvação, mas apenas certo tipo de marca para identificar os membros da nação de Israel. Isso Paulo rejeita em Romanos 2:2816, onde ele insiste que a circuncisão exterior não é a coisa real de forma alguma, e que ser um judeu exteriormente não é nada: a única circuncisão que importa é aquela do coração, e o único judeu é aquele que é interiormente. Todos aqueles que desejam manter que existe algo especial sobre ser um descendente natural de Abraão deveriam ler esse versículo [...] Por que, então, existe uma diferença entre os sinais exteriores da circuncisão e do batismo? Isso pode ser visto à luz da principal diferença entre o Antigo e Novo Testamento. No Antigo Testamento todas aquelas coisas que apontavam para Cristo envolviam o derramamento de sangue (Hb. 9:22), mas uma vez que o sangue de Cristo foi derramado, não poderia mais haver nenhum derramamento de sangue (Hb. 10:12), nem mesmo na circuncisão. Essa é a única diferença real entre os sinais da circuncisão e do batismo. Em significado e realidade eles são exatamente a mesma coisa. A própria Escritura os identifica em Colossenses 2:11, 12. Talvez porque essa é uma longa sentença em dois versículos, somos inclinados a perder o ponto que Paulo está fazendo. Ele diz ali que ser circuncidado é ser batizado. Esse é um dos pontos principais de Colossenses 2. Falando aos crentes gentios, Paulo lhes diz que eles têm todas as coisas em Cristo (vv. 10, 11), incluindo a árcunásão! Eles não têm carência de nada em Cristo, em quem habita a plenitude da divindade corporalmente (v. 9).

Kuyper - Calvinismo
A concepção da Igreja como a “congregação de crentes” poderia conduzir à concepção que ela incluía apenas os crentes, sem seus filhos. Isto, contudo, de modo algum é o ensinamento do Calvinismo; seu ensino sobre o assunto do batismo infantil mostra exatamente o contrário. Os crentes que congregam juntos não rompem por isso a ligação natural que os une a seus descendentes. Pelo contrário, consagram sua união, e pelo batismo incorporam seus filhos na comunhão de sua igreja, e estes menores são guardados nesta comunhão eclesiástica até que, quando maior de idade, eles próprios tornem-se confessores, ou aqueles que rompem com a igreja por sua incredulidade. Este é o importante dogma calvinista do Pacto; um artigo proeminente de nossa confissão, mostrando que as águas da Igreja não fluem fora do rio natural da vida humana, mas faz sua vida prosseguir de mãos dadas com a reprodução orgânica natural da humanidade em suas gerações seguintes. Pacto e Igreja são inseparáveis, - o Pacto unindo a Igreja à raça, e o próprio Deus selando nele a relação entre a vida da graça e a vida da natureza.

R. J. Rushdoony - As Institutas da Lei Bíblica Vol.1 
O batismo, como a circuncisão, deve ser administrado às crianças, a menos que seja a um adulto recém-convertido, como sinal de adesão à aliança pela graça. Não surpreendentemente, a maioria dos oponentes do batismo infantil também é logicamente pelagiana ou pelo menos arminiana. Eles insistem em reivindicar a prerrogativa na salvação do homem.

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Eu concordo em gênero, grau e número com a doutrina do pedobatismo.

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Citação de Orlando Terceiro em outubro 5, 2025, 7:12 pm

Olá, estou enviando sem muita organização, mais como um desafio e uma afirmação, textos bíblicos e de autores na defesa do batismo infantil para corroborar essa lindíssima doutrina. Vamos debater.

⁷ E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti.
Gênesis 17:7

¹⁰ Vós todos estais hoje perante o Senhor vosso Deus; os capitães de vossas tribos, vossos anciãos, e os vossos oficiais, todos os homens de Israel;
¹¹ Os vossos meninos, as vossas mulheres, e o estrangeiro que está no meio do vosso arraial; desde o rachador da vossa lenha até ao tirador da vossa água;
¹² Para entrardes na aliança do Senhor teu Deus, e no seu juramento que o Senhor teu Deus hoje faz convosco;
Deuteronômio 29:10-12

³⁸ E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, em remissão de pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;
³⁹ Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.
Atos 2:38,39

³¹ E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.
³² E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa.
³³ E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus.
Atos 16:31-33

João Calvino - O Batismo Infantil
Assim como a circuncisão, que era uma espécie de distintivo para os judeus, assegurando-lhes que eram adotados como povo e família de Deus, foi a primeira entrada delesna Igreja — enquanto, por sua vez, professavam a sua fidelidade a Deus —, do mesmo modo somos agora iniciados pelo batismo, para sermos inscritos entre o seu povo e ao mesmo tempo jurar pelo seu nome. Portanto, é indiscutível que o batismo foi substituído pela circuncisão e que ele desempenha a mesma função [...] Ora, se quisermos investigar se o batismo é ou não é justamente administrado às crianças, também não suspeitaremos que o homem que se limita apenas ao elemento da água e à observância exterior é mesquinho, ou melhor, delirante? Ele não deveria permitir que sua mente subisse ao mistério espiritual? Se a razão for ouvida, sem dúvida, será demonstrado que o batismo é bem administrado às crianças como algo que lhes é devido. O Senhor não outorgou a circuncisão a eles sem torná-los participantes de todas as coisas significadas pela circuncisão. Ele teria iludido o seu povo com uma mera impostura, se os tivesse acalmado com símbolos falaciosos; essa própria ideia é algo chocante. [...] Ele afirma claramente que a circuncisão da criança será um selo da promessa da aliança. Mas, se o pacto permanece firme e fixo, ele não é menos aplicável aos filhos dos cristãos nos dias de hoje do que aos filhos dos judeus sob o Antigo Testamento. Agora, se eles são participantes da mesma coisa com o mesmo significado, como a eles pode ser negado o sinal? Se eles obtêm a realidade, como a eles pode ser recusada a figura? O sinal externo está tão unido no sacramento com a palavra, que não pode ser separado dela; mas se eles podem ser separados, a qual dos dois devemos atribuir o maior valor? Certamente, quando virmos que o sinal é subserviente à palavra, diremos que está subordinado, e lhe atribuiremos o lugar inferior. Já que, então, a palavra do batismo está destinada às crianças, por que deveríamos negar-lhes o sinal que é um apêndice da palavra? Essa única razão, que não poderia ser outra, seria amplamente suficiente para refutar todos os contraditórios. [...] Escritura nos dá um conhecimento ainda mais claro da verdade. Pois é mais evidente que a aliança que o Senhor fez uma vez com Abraão não é menos aplicável aos cristãos, agora, do que era antigamente ao povo judeu; portanto, essa palavra não tem menos referência aos cristãos do que aos judeus. A menos que, de fato, imaginemos que Cristo, com o seu advento, diminuiu ou reduziu a graça do Pai — uma ideia não livre de blasfêmia abominável. Portanto, ambos os filhos dos judeus — porque, quando foram feitos herdeiros daquela aliança, estavam separados dos pagãos — foram chamados de semente santa. Pela mesma razão, os filhos dos cristãos, ou aqueles que têm apenas um pai crente, são chamados santos, e, pelo testemunho do apóstolo, diferem da semente impura dos idólatras. Então, já que o Senhor — logo depois que a aliança foi feita com Abraão — ordenou que ela fosse selada nos bebês por um sacramento exterior, como se pode dizer que os cristãos não devem atestá-la nos dias de hoje e selá-la em seus filhos? Que não seja objetado: o único símbolo pelo qual o Senhor ordenou, para que o seu pacto fosse confirmado, era o da circuncisão que foi ab-rogado há muito tempo. É fácil responder que, de acordo com a forma da antiga dispensação, Ele nomeou a circuncisão para confirmar sua aliança; mas que, sendo revogada, a mesma razão para a confirmação ainda continua, uma razão que temos em comum com os judeus. Por isso, é sempre necessário considerar cuidadosamente o que é comum a ambos judeus e gentios, e no que é que eles diferem de nós. A aliança é comum, e a razão para confirmá-la é comum. O modo de confirmá-la é tão diferente, que eles tiveram circuncisão em vez do que agora temos: o batismo. Caso contrário, se o testemunho pelo qual os judeus estavam seguros da salvação da sua semente for tirado de nós, a consequência será que, pelo advento de Cristo, a graça de Deus — que antes foi dada aos judeus — é mais obscura e menos perfeitamente atestada a nós. Se isso não pode ser dito sem insulto extremo a Cristo, por quem a infinita bondade do Pai foi mais brilhante e benigna do que nunca derramada na terra e declarada aos homens, deve-se confessar que a graça de Deus não pode ser mais confinada e menos claramente manifestada do que sob as sombras obscuras da lei.

Herman Hanko - A Doutrina Reformada dos Sacramentos
Crendo que há continuidade entre a circuncisão e o batismo, e entre a páscoa e a ceia do Senhor, vemos os sacramentos como selos (Rm. 4:11) também. De fato, se são sinais, devem ser selos também, pois sinais sempre confirmam ou selam algo [...] A razão pela qual existem somente dois sacramentos é encontrada nos próprios sacramentos. Juntos eles simbolizam o todo da nossa vida cristã. O batismo simboliza nossa entrada no pacto e salvação de Deus, e a forma como entramos. A ceia do Senhor simboliza nossa vida dentro desse pacto à medida que desfrutamos e vivemos a salvação que Cristo nos deu gratuitamente. Não há nenhuma necessidade ou lugar, portanto, para outros sacramentos, pois não há mais nada para simbolizar [...] Quanto à acusação que a aspersão é simplesmente uma influência do Romanismo, apontaríamos que isso não é argumento de forma alguma. Se tudo o que Roma ensina deve ser descartado no Protestantismo, até mesmo a doutrina da Trindade deve ser abandonada! Além do mais, a liturgia Romana para o batismo das crianças diz em suas instruções para as pessoas que estão realizando o batismo, “Ele imerge a criança ou derrama água sobre a sua cabeça”. Roma também pratica a imersão! Portanto, o assim chamado argumento sobre o Romanismo pode ser descartado [...] Primeiro, ninguém batiza somente infantes. Aqueles que se converteram mais tarde na vida, e nunca foram antes batizados, são batizados como adultos, mesmo em igrejas que batizam infantes. Segundo, o batismo de família ou casa é o tipo de batismo que a Escritura descreve quando falando daqueles que devem ser batizados. Terceiro, “batismo de família” serve como um lembrete de como e porquê passagens tais como Atos 16 são prova para a prática de batizar infantes, bem como adultos. É muito claro que a Escritura fala de batismo de família. Em Atos 16 as casas de Lídia e do carcereiro de Filipo foram batizadas por Paulo (vv. 15, 33). Paulo fala em 1 Coríntios 1:16 de ter batizado a casa de Estéfanas. Lemos em Atos 10:48 do batismo da casa de Cornélio por Pedro. Esse, então, é o padrão do Novo Testamento para o batismo [...] se o “batismo de crentes” somente é a regra da Escritura, como os Batistas ensinam, o batismo de família ou casa se torna uma impossibilidade. Mesmo que aconteça de diferentes membros da mesma família se converter e serem batizados ao mesmo tempo numa igreja Batista, eles ainda não serão batizados como membros de uma casa ou família, mas como indivíduos, cada qual como resultado de sua profissão de fé. O batismo de casas e famílias segue da crença no pacto familiar de Deus: que ele soberana, graciosa e imutavelmente promete a salvação às famílias e casas, prometendo ser o Deus dos crentes e dos seus filhos (Gn. 17:7; Atos 2:39) [...] O propósito, então, do batismo infantil é mostrar como somos salvos: não provar a salvação do infante que é batizado (o batismo com água nunca pode fazer isso). O batismo mostra o único caminho da salvação e nos lembra que Deus promete salvar os filhos dos crentes pela mesma graça soberana que salvou seus pais. Quão triste o fato de muitos não terem ou verem esse testemunho no batismo de infantes indefesos [...] A circuncisão real e o batismo real são a própria salvação, isto é, a remoção do pecado pelo sacrifício de Cristo na cruz. No caso da circuncisão, isso é claro a partir de Deuteronômio 30:612 e Colossenses 2:1113, e no caso do batismo a partir de Romanos 6:1-614 e 1 Pedro 3:2115. Os sinais são exatamente os mesmos até onde diz respeito a realidade espiritual, e embora os sinais em si possam parecer muito diferentes, eles simbolizam a mesma verdade espiritual [...] Dizer que os dois são completamente diferentes é cair no erro do dispensacionalismo e dizer que existem dois caminhos diferentes de salvação, um no Antigo e outro no Novo Testamento. A maioria dos Batistas tentam evitar isso insistindo, a despeito de Deuteronômio 30:6 e Colossenses 2:11, que a circuncisão no Antigo Testamento não era um sinal de salvação, mas apenas certo tipo de marca para identificar os membros da nação de Israel. Isso Paulo rejeita em Romanos 2:2816, onde ele insiste que a circuncisão exterior não é a coisa real de forma alguma, e que ser um judeu exteriormente não é nada: a única circuncisão que importa é aquela do coração, e o único judeu é aquele que é interiormente. Todos aqueles que desejam manter que existe algo especial sobre ser um descendente natural de Abraão deveriam ler esse versículo [...] Por que, então, existe uma diferença entre os sinais exteriores da circuncisão e do batismo? Isso pode ser visto à luz da principal diferença entre o Antigo e Novo Testamento. No Antigo Testamento todas aquelas coisas que apontavam para Cristo envolviam o derramamento de sangue (Hb. 9:22), mas uma vez que o sangue de Cristo foi derramado, não poderia mais haver nenhum derramamento de sangue (Hb. 10:12), nem mesmo na circuncisão. Essa é a única diferença real entre os sinais da circuncisão e do batismo. Em significado e realidade eles são exatamente a mesma coisa. A própria Escritura os identifica em Colossenses 2:11, 12. Talvez porque essa é uma longa sentença em dois versículos, somos inclinados a perder o ponto que Paulo está fazendo. Ele diz ali que ser circuncidado é ser batizado. Esse é um dos pontos principais de Colossenses 2. Falando aos crentes gentios, Paulo lhes diz que eles têm todas as coisas em Cristo (vv. 10, 11), incluindo a árcunásão! Eles não têm carência de nada em Cristo, em quem habita a plenitude da divindade corporalmente (v. 9).

Kuyper - Calvinismo
A concepção da Igreja como a “congregação de crentes” poderia conduzir à concepção que ela incluía apenas os crentes, sem seus filhos. Isto, contudo, de modo algum é o ensinamento do Calvinismo; seu ensino sobre o assunto do batismo infantil mostra exatamente o contrário. Os crentes que congregam juntos não rompem por isso a ligação natural que os une a seus descendentes. Pelo contrário, consagram sua união, e pelo batismo incorporam seus filhos na comunhão de sua igreja, e estes menores são guardados nesta comunhão eclesiástica até que, quando maior de idade, eles próprios tornem-se confessores, ou aqueles que rompem com a igreja por sua incredulidade. Este é o importante dogma calvinista do Pacto; um artigo proeminente de nossa confissão, mostrando que as águas da Igreja não fluem fora do rio natural da vida humana, mas faz sua vida prosseguir de mãos dadas com a reprodução orgânica natural da humanidade em suas gerações seguintes. Pacto e Igreja são inseparáveis, - o Pacto unindo a Igreja à raça, e o próprio Deus selando nele a relação entre a vida da graça e a vida da natureza.

R. J. Rushdoony - As Institutas da Lei Bíblica Vol.1 
O batismo, como a circuncisão, deve ser administrado às crianças, a menos que seja a um adulto recém-convertido, como sinal de adesão à aliança pela graça. Não surpreendentemente, a maioria dos oponentes do batismo infantil também é logicamente pelagiana ou pelo menos arminiana. Eles insistem em reivindicar a prerrogativa na salvação do homem.

Ué, não estou entendendo, será que estou assinando a Internet Premium? Só estão aparecendo verdades em minha tela!

 

Sinto muito, mas claramente seus argumentos pedobatistas foram refutados.

“A premissa é que Deus faz aliança com famílias, e o batismo é um sinal da aliança que se aplica aos membros das famílias. Vamos considerar o sinal primeiro. (1) Já foi estabelecido que existe um sinal físico da aliança em Cristo? (2) Já foi estabelecido que o batismo nas águas é um sinal físico da aliança? Ora, se o batismo é um sinal da aliança, e se ele substitui a circuncisão de modo que o batismo fica e a circuncisão sai, então por que Israel foi “batizado” em águas sob Moisés, quando já possuía o sinal da circuncisão (1 Coríntios 10.2)? Quanto à própria aliança, Deus nunca fez aliança com famílias da maneira como algumas pessoas assumem. O argumento de Paulo em Romanos 9 é de que Deus nunca prometeu salvar famílias como tal, mas ele prometeu salvar a “fé” — a fé dos indivíduos. E esses indivíduos poderiam estar muito além daqueles que tinham o sinal da circuncisão. Assim, mais gentios do que judeus estavam recebendo a salvação através de Jesus Cristo. Ele realmente disse que os da “família” não eram “todos” filhos de Abraão. Suponha que eu receba Jesus, e Deus diga que sua aliança agora pertence a mim e aos meus filhos. De acordo com o raciocínio de Paulo, embora Deus prometa salvar meus filhos, ele pode considerar apenas dois entre dez verdadeiramente meus filhos, porque apenas dois teriam fé. Isso torna o conceito de fazer aliança com famílias, dentro do contexto deste assunto, totalmente irrelevante.

Então, será que a circuncisão algum dia significou algo como os reformados pensam? Se não, então, mesmo que o batismo substitua a circuncisão, o que eles precisam estabelecer, o batismo ainda assim não significaria o que os reformados pensam.

Muitos que anatematizam as pessoas por conta do batismo nas águas estão na mesma condição. Sua religião inteira é sobre se molhar da maneira certa e na idade certa. Nunca foram batizados ou circuncidados em seus corações, e não querem que ninguém saiba disso.

 

É por isso que tenho, principalmente, desprezo e desconfiança por aqueles que são insano e exageradamente zelosos por sinais físicos e rituais. Eles parecem ser impulsionados por um espírito estranho. Há algo de errado com eles que querem esconder, e estão tentando distrair as pessoas, até a si mesmos, do verdadeiro problema. E nem sequer oferecem argumentos melhores enquanto fazem isso, o que nos mostra ainda mais sobre sua corrupção espiritual e intelectual.”

Vincent Cheung

 

 

Citação de giovane melino em outubro 12, 2025, 12:01 am

Sinto muito, mas claramente seus argumentos pedobatistas foram refutados.

“A premissa é que Deus faz aliança com famílias, e o batismo é um sinal da aliança que se aplica aos membros das famílias. Vamos considerar o sinal primeiro. (1) Já foi estabelecido que existe um sinal físico da aliança em Cristo? (2) Já foi estabelecido que o batismo nas águas é um sinal físico da aliança? Ora, se o batismo é um sinal da aliança, e se ele substitui a circuncisão de modo que o batismo fica e a circuncisão sai, então por que Israel foi “batizado” em águas sob Moisés, quando já possuía o sinal da circuncisão (1 Coríntios 10.2)? Quanto à própria aliança, Deus nunca fez aliança com famílias da maneira como algumas pessoas assumem. O argumento de Paulo em Romanos 9 é de que Deus nunca prometeu salvar famílias como tal, mas ele prometeu salvar a “fé” — a fé dos indivíduos. E esses indivíduos poderiam estar muito além daqueles que tinham o sinal da circuncisão. Assim, mais gentios do que judeus estavam recebendo a salvação através de Jesus Cristo. Ele realmente disse que os da “família” não eram “todos” filhos de Abraão. Suponha que eu receba Jesus, e Deus diga que sua aliança agora pertence a mim e aos meus filhos. De acordo com o raciocínio de Paulo, embora Deus prometa salvar meus filhos, ele pode considerar apenas dois entre dez verdadeiramente meus filhos, porque apenas dois teriam fé. Isso torna o conceito de fazer aliança com famílias, dentro do contexto deste assunto, totalmente irrelevante.

Então, será que a circuncisão algum dia significou algo como os reformados pensam? Se não, então, mesmo que o batismo substitua a circuncisão, o que eles precisam estabelecer, o batismo ainda assim não significaria o que os reformados pensam.

Muitos que anatematizam as pessoas por conta do batismo nas águas estão na mesma condição. Sua religião inteira é sobre se molhar da maneira certa e na idade certa. Nunca foram batizados ou circuncidados em seus corações, e não querem que ninguém saiba disso.

É por isso que tenho, principalmente, desprezo e desconfiança por aqueles que são insano e exageradamente zelosos por sinais físicos e rituais. Eles parecem ser impulsionados por um espírito estranho. Há algo de errado com eles que querem esconder, e estão tentando distrair as pessoas, até a si mesmos, do verdadeiro problema. E nem sequer oferecem argumentos melhores enquanto fazem isso, o que nos mostra ainda mais sobre sua corrupção espiritual e intelectual.”

Vincent Cheung

Ele errou.

Como estamos falando no outro, vamos nos atentar lá para ficar mais junto os argumentos.

© Orlando Terceiro
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